Tentando engravidar: Quais os principais exames que uma tentante deve fazer?

Quando o sonho de engravidar começa a se tornar prioridade, é natural surgir a dúvida: quais exames são necessários para garantir que tudo esteja em ordem para a gestação?

Seja você uma mulher que está começando a tentar ou que já enfrenta dificuldades, entender os exames indicados é fundamental para aumentar as chances de uma gravidez saudável.

Neste artigo, vou explicar quais são os principais exames que toda tentante deve fazer, seus objetivos e quando procurar um ginecologista para acompanhamento especializado.

Por que realizar exames antes de tentar engravidar?

O pré-natal antes da gravidez, conhecido como pré-concepção, é essencial para identificar possíveis fatores que podem dificultar a fertilidade ou comprometer a saúde da mãe e do bebê.

Além disso, exames ajudam a diagnosticar doenças silenciosas, desequilíbrios hormonais ou infecções que podem interferir na concepção.

Fazer esses exames com antecedência permite um planejamento mais seguro, possibilitando intervenções que aumentam as chances de sucesso.

Principais exames que a tentante deve fazer

1. Exames de sangue básicos

  • Hemograma completo: avalia anemia, infecções e condições gerais do sangue.
  • Tipagem sanguínea e fator Rh: para identificar o grupo sanguíneo e evitar incompatibilidades que podem prejudicar a gravidez.
  • Glicemia em jejum: para detectar diabetes ou resistência à insulina, que podem impactar a gestação.
  • Tireoide (TSH, T4 livre): o bom funcionamento da tireoide é crucial para a fertilidade e o desenvolvimento fetal.

2. Exames hormonais

  • FSH, LH, estradiol: para avaliar a reserva ovariana e a função dos ovários.
  • Progesterona: importante para confirmar ovulação e a preparação do útero para a gravidez.
  • Prolactina: níveis elevados podem atrapalhar o ciclo menstrual e a ovulação.

3. Avaliação da reserva ovariana

  • Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): exame fundamental para estimar a quantidade e qualidade dos óvulos disponíveis.
  • Ultrassom transvaginal: para verificar a presença de folículos nos ovários e a anatomia do sistema reprodutor.

4. Exames para detecção de infecções

  • HIV, sífilis, hepatites B e C: infecções que precisam ser tratadas antes da gestação.
  • Citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola: infecções que podem causar complicações na gravidez.
  • Exame de Papanicolau: importante para identificar alterações no colo do útero e infecções.

5. Avaliação da anatomia uterina e tubária

  • Ultrassonografia transvaginal: primeiro passo para verificar útero e ovários.
  • Histerossalpingografia (HSG): exame radiológico que avalia a permeabilidade das trompas de falópio, essencial para a fertilização.
  • Histeroscopia: indicada em casos de suspeita de miomas, pólipos ou outras alterações dentro do útero.

Quando procurar ajuda especializada?

Se após um ano tentando engravidar (ou seis meses, para mulheres acima de 35 anos) a gravidez não acontecer, é hora de buscar avaliação com um ginecologista especialista em reprodução. Esse profissional pode solicitar exames adicionais e orientar tratamentos específicos.

Além disso, mulheres com histórico de abortos, ciclos irregulares, endometriose ou doenças crônicas devem iniciar a investigação antes mesmo de tentar engravidar.

Conclusão

Aqui vão algumas dicas básicas para quem está tentando engravidar:

  • Mantenha uma alimentação equilibrada e estilo de vida saudável.
  • Evite o consumo de álcool, tabaco e drogas.
  • Controle o estresse, pois ele pode interferir na ovulação.
  • Use aplicativos ou métodos para acompanhar o ciclo menstrual e identificar o período fértil.

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