A osteoporose é uma doença silenciosa, caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, que deixa os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Ela afeta principalmente mulheres após a menopausa, devido à queda nos níveis de estrogênio — hormônio essencial para a manutenção da saúde óssea.
Mas afinal: exercício físico pode realmente ajudar a proteger os ossos contra a osteoporose? A resposta é sim, mas não qualquer exercício.
Em resumo, a osteoporose:
- É uma doença metabólica que leva ao enfraquecimento dos ossos.
- Atinge principalmente mulheres, especialmente após os 50 anos.
- Pode causar fraturas graves em quadril, coluna e punho.
- Muitas vezes não apresenta sintomas até que ocorra a primeira fratura.
Estudos indicam que cerca de 80% das mulheres brancas na pós-menopausa apresentam osteoporose, com risco aumentado de complicações.
O papel do cálcio e da vitamina D
Dois pilares fundamentais na prevenção e tratamento da osteoporose são:
- Cálcio: mineral essencial para a formação e manutenção da massa óssea.
- Vitamina D: indispensável para a absorção adequada do cálcio no organismo.
Suplementação ou ajuste alimentar pode ser indicado de acordo com avaliação médica.
Exercício físico realmente ajuda?
Sim, mas é importante destacar: nem toda atividade física fortalece os ossos.
- Caminhada, hidroginástica, bicicleta e atividades aeróbicas: ajudam na saúde cardiovascular, na mobilidade e no bem-estar geral, mas não são eficazes para estimular ganho de massa óssea.
- Exercícios resistidos (musculação): são os que realmente fazem diferença no tratamento e prevenção da osteoporose.
Por que a musculação é fundamental?
A prática de musculação submete os ossos a estímulos mecânicos (sobrecarga progressiva do peso), o que ativa células chamadas osteoblastos, responsáveis pela formação de tecido ósseo. Esse processo é conhecido como mecanoestimulação óssea.
Além disso, a musculação:
- Aumenta a densidade mineral óssea, especialmente em regiões de maior risco de fratura (coluna, quadril e punho).
- Melhora a força muscular, diminuindo risco de quedas.
- Contribui para o equilíbrio postural e para a autonomia funcional da paciente.
Pesquisas mostram que treinos resistidos, realizados de forma regular e supervisionada, podem reduzir em até 50% o risco de fraturas em mulheres na pós-menopausa.
Outros cuidados importantes
- Acompanhamento médico regular para avaliar densidade óssea.
- Exames periódicos, como a densitometria óssea, que detecta precocemente a perda de massa óssea.
- Estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, exposição solar moderada, evitar cigarro e reduzir consumo de álcool.
Conclusão
A osteoporose pode trazer sérias consequências à qualidade de vida, mas há muito o que pode ser feito para preveni-la e tratá-la. Além da reposição de cálcio e vitamina D, a musculação é o exercício comprovadamente eficaz para proteger e fortalecer os ossos.
Se você tem mais de 50 anos, está na menopausa ou já tem histórico familiar de osteoporose, converse com sua ginecologista. O acompanhamento adequado e a prática de exercícios certos podem evitar fraturas e preservar sua saúde a longo prazo.