Laqueadura Tubária é Reversível? Entenda as Possibilidades e Alternativas

A laqueadura tubária é um dos métodos contraceptivos definitivos mais utilizados por mulheres que não desejam mais engravidar. Esse procedimento cirúrgico bloqueia ou corta as trompas de falópio, impedindo o encontro entre o óvulo e o espermatozoide.

No entanto, algumas mulheres que passaram pelo procedimento se questionam: “É possível reverter a laqueadura e engravidar naturalmente?”

Embora a laqueadura seja considerada permanente, em alguns casos específicos, a reversão pode ser realizada com uma cirurgia chamada salpingoplastia.

Neste artigo, vamos explicar como funciona essa reversão, suas chances de sucesso e quais são as alternativas disponíveis para quem deseja engravidar após a laqueadura.

Como a laqueadura funciona?

A laqueadura tubária impede a fecundação ao interromper a passagem dos óvulos pelas trompas. Dependendo da técnica utilizada, a cirurgia pode envolver:

  • Corte e retirada de parte das trompas.
  • Obstrução com clipes ou anéis.
  • Cauterização das trompas para impedir a passagem dos óvulos.

A eficácia do método é altíssima, com taxas de falha inferiores a 1%. Porém, quando há arrependimento, algumas mulheres buscam maneiras de restaurar a fertilidade.

A laqueadura pode ser revertida?

A reversão da laqueadura é possível por meio da salpingoplastia, uma cirurgia que reconstrói as trompas de falópio para tentar restabelecer a fertilidade. No entanto, nem todas as mulheres são candidatas à reversão, pois o sucesso depende de vários fatores.

Fatores que influenciam o sucesso da reversão

  • Técnica utilizada na laqueadura:
    Quanto menor o dano às trompas, maiores as chances de reversão bem-sucedida. Se as trompas foram completamente removidas ou muito danificadas, a reversão não será possível.
  • Tempo desde a laqueadura:
    Mulheres que fizeram a cirurgia há muitos anos podem ter menos chances de sucesso devido a cicatrizes e possíveis danos ao tecido tubário.
  • Idade da paciente:
    Mulheres mais jovens (abaixo dos 35 anos) tendem a ter melhores taxas de sucesso na reversão, pois a qualidade dos óvulos ainda é boa.
  • Extensão das trompas remanescentes:
    Para que a reversão seja viável, é necessário que as trompas tenham comprimento suficiente para permitir a passagem do óvulo.
  • Saúde reprodutiva da paciente:
    A presença de fatores como endometriose, infecções pélvicas prévias ou baixa reserva ovariana pode dificultar a gravidez, mesmo com a reversão da laqueadura.

Como é feita a reversão da laqueadura?

A salpingoplastia é realizada por cirurgia laparoscópica ou por via aberta, dependendo da complexidade do caso.

O procedimento consiste em reconectar as trompas por meio de microcirurgia, garantindo que o óvulo possa passar novamente para o útero.

Após a cirurgia, a paciente precisa de acompanhamento para avaliar a cicatrização e a permeabilidade das trompas.

Taxas de sucesso da reversão

A taxa de sucesso da salpingoplastia varia conforme os fatores mencionados anteriormente. Em condições ideais, as chances de engravidar após a reversão podem chegar a 50% a 70%.

No entanto, mesmo que a cirurgia seja bem-sucedida, existe o risco de gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve dentro das trompas em vez do útero), tornando essencial o acompanhamento ginecológico.

Conclusão

Embora a laqueadura seja considerada um método contraceptivo definitivo, a reversão pode ser possível em alguns casos. No entanto, o sucesso da salpingoplastia depende de diversos fatores, e a fertilização in vitro pode ser uma alternativa viável para quem deseja engravidar após o procedimento.

Se você tem dúvidas sobre a reversão da laqueadura ou deseja saber qual a melhor opção para o seu caso, agende uma consulta comigo para avaliar seu caso.

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