A saúde sexual feminina é um tema cercado de dúvidas e, muitas vezes, de soluções rápidas oferecidas sem respaldo científico. Entre elas, estão os fitoterápicos e “tratamentos naturais” vendidos como alternativas para aumentar a libido feminina. Mas será que eles realmente funcionam? E, mais importante: são seguros?
Neste artigo, explico os riscos desse tipo de produto e quais caminhos comprovadamente podem ajudar mulheres que enfrentam queda no desejo sexual.
O que são fitoterápicos?
Fitoterápicos são medicamentos elaborados a partir de plantas medicinais, contendo princípios ativos extraídos da natureza. Embora alguns tenham aplicações reconhecidas na medicina (como a valeriana para distúrbios do sono ou o ginkgo biloba para circulação), a maioria das substâncias vendidas com a promessa de aumentar a libido feminina não tem comprovação científica robusta quanto à eficácia e segurança.
Os perigos dos “tratamentos naturais” para libido
- Ausência de evidência científica
Muitos produtos não passaram por estudos clínicos controlados, o que significa que não sabemos se realmente funcionam. - Riscos de interação medicamentosa
Fitoterápicos podem interferir em tratamentos já em uso, como anticoncepcionais, antidepressivos ou medicamentos para hipertensão. - Efeitos colaterais inesperados
Alterações da pressão arterial, danos hepáticos e reações alérgicas graves estão entre os riscos possíveis. - Composição duvidosa
Fórmulas manipuladas ou suplementos vendidos como “naturais” podem conter substâncias sintéticas não declaradas, aumentando o risco de complicações.
Libido feminina: por que não existe solução única?
A libido feminina é influenciada por diversos fatores:
- Hormonais: alterações de estrogênio e testosterona podem reduzir o desejo.
- Psicológicos: ansiedade, estresse e depressão têm forte impacto.
- Relacionais: conflitos conjugais ou falta de comunicação afetam a vida sexual.
- Clínicos: doenças crônicas, uso de alguns medicamentos e condições ginecológicas.
Por isso, não existe cápsula, chá ou óleo essencial que, sozinho, resolva a questão.
Tratamentos seguros e baseados em evidências
Quando há queixa de queda da libido, a conduta mais segura é a avaliação médica. Algumas alternativas com respaldo científico incluem:
- Terapias hormonais, quando há indicação e monitoramento adequado.
- Ajuste de medicamentos que possam estar reduzindo o desejo sexual.
- Psicoterapia ou terapia sexual, voltadas para aspectos emocionais e relacionais.
- Mudanças no estilo de vida, como prática de atividade física, melhora da qualidade do sono e redução do estresse.
Conclusão
Apesar de populares, os fitoterápicos e “tratamentos naturais” para aumentar a libido feminina podem representar riscos sérios e não oferecem garantia de resultado. A melhor forma de recuperar o bem-estar sexual é procurar uma ginecologista, que poderá identificar a causa da queda da libido e indicar um tratamento seguro e eficaz.
Se você tem enfrentado alterações no desejo sexual, não se arrisque em soluções milagrosas. Agende sua consulta e receba orientação individualizada.